quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Capítulo 17


Fiquei sentada lendo uma revista, até 02:30, quando o vôo foi anunciado. Passei pela segurança, e entrei no avião. Me sentei, e continuei lendo minha revista. Estava falando sobre culinária. Logo passou a comida, e aquela revista tinha aberto meu apetite rs. Peguei um prato de Strogonoff, e comi inteiro. Mas ainda estava com fome. Comi duas barras de chocolate branco com cookies, e duas latas de suco de pêssego. Agora sim, eu estava de barriga cheia. Fui tentar dormir. O avião começou a ter turbulências, comecei a ficar enjoada. Me sentei na cadeira e me lembrei "Putz, esqueci de tomar o Dramim". Tinha esquecido de tomar o remédio que tirava enjoo e anciedade, cabecinha avoada mesmo. Fui até o banheiro lavar meu rosto, e mais uma vez o avião balançou. Dessa vez o enjoo foi mais forte, e coloquei tudo pra fora. Vomitei tudo. Que droga, eu ter esquecido de tomar o remédio. Toda vez que eu viajava de avião eu tinha âncias de vômito. E também, acho que comi demais rsrs Voltei pra minha cadeira, e dormi. Até que sinto o avião freiar. Tinhamos chegado. Porém, em Paris. Era uma escala. Desci em Paris, e fui comprar algumas coisas. Comprei um perfume, e o Dramim. (risos). Tomei o Dramim, comi alguma coisa leve, e voltei pro Aeroporto. Peguei um Avião que descia em Marsella. Novamente, senti ância de vômito e tive que sair correndo pro banheiro, vomitar. Foi o perfume que comprei, era muito doce, e me deu até dor de cabeça. Esse vôo era rápido, portanto não demorou muito, e chegamos. Cheguei em Marsella. Senti o ar frio balançar meus cabelos, respirei fundo, fechei meus olhos, e disse:
- Que seja bom.
Fui até um ponto de táxi, porém, não haviam taxis disponíveis. Decidi então ir até um restaurante, almoçar. Depois de almoçar o famoso "Coq au Vin", fui caminhando, e vi que havia um taxi parado do outro lado da rua, só que tinha além do motorista, um homem dentro do carro. Decidi perguntar se ele estava de serviço.
- Olá, está de serviço?- Os dois homens me olharam, ambos sorriram. O motorista, era um moreno, de olhos azuis, cabelo raspado, com duas riscas loiras no canto direito, perto da orelha. O passageiro, tinha pele clara, olhos castanhos, e cabelos escuros e meio compridos.
- Sim, senhora. - Disse ele. - Emilien, em casa a gente termina essa história. - Disse o motorista para o passageiro, eles deveriam ser parentes.
- Pode entrar, senhora. - disse o passageiro que tinha saído do carro. 
- Pode me ajudar com essas malas?- Perguntei sorrindo.
- Claro, pra já!- Disse ele, me ajudando a colocar as malas no carro.- 
- Obrigada... Ah, prazer, Milene.- Disse cumprimentando ele.
- Por nada, Milene. Me chamo Emilien. E o motorista, chama Daniel.
- Ah, sim. Prazer em te conhecer, Emilien. Você mora aqui?
- Sim! Sou policial... E você?
- Não... Eu morava no Brasil, mas vim morar com meus pais, aqui. Sabe onde fica "Le 5º avenue?"
- Bom, acho que o Daniel sabe melhor, sou péssimo de rumo- Respondeu ele, rindo.
- Entendi... Bom, até mais. Preciso ir, estou atrasada!- Agradeci, e entrei no táxi.
- Oi, Daniel.- Disse sorrindo.
- Sabe meu nome, é?- Respondeu o motorista simpático.
- Sei sim, Emilien me disse. Olha... Se não for ser chata, mas eu estou meia atrasada... Você poderia ir um pouco mais rápido?- Falei.
- Ah, Claro! Bom... Tenho mesmo que testar algumas coisas que fiz nesse carro, acho que ficou bom... Dá tempo de eu terminar meu lanche.- Olhei pra ele confusa. Senti o carro se movimentar, e olhei do lado de fora do carro, não acreditei no que vi. As rodas estavam mudando sozinhas! O carro abaixou, ouvi o som da turbina.
- Olha, aperte bem o cinto, moça! 
- Claro...! - Respondi, aperto bem o meu cinto, pois estava sentindo que ele ia "pisar fundo". - Olha, quero ir na "Le 5º Avenue" tudo bem?
- Claro! Em menos de 5 minutos, se tivermos sorte, estaremos lá.- HAHA, eu desacreditei no que ele estava falando, achei que fosse brincadeira. Me enganei. Ele saiu cantando pneus, ultrapassando todos os carros, furando faróis amarelos, e sim... em menos de 5 minutos, lá estávamos nós, na "Le 5º Avenue". Ele freiou, e não consegui segurar, vomitei no carro dele. Pensei que ele ia ficar bravo, mas não, ele estava rindo.
- Eu sabia... Fica tranquila, todos fazem o mesmo.- COMO ASSIM, TODOS? Ele dirigia assim com todos? OMG.
- Obrigada, Daniel... Até mais. E desculpa pela bagunça.- Disse, sorrindo e saindo. E lá estava eu, parada na frente da casa de meus pais. Respirei fundo, e toquei a campainha.
Capítulo 16


Chegando em casa, terminei de guardar algumas coisas nas malas, e peguei meu passaporte. Fui até o Consulado Francês, pra pedir uma estadia longa no País deles, expliquei toda a minha situação, foi complicado, mas como meus pais moravam lá, eles assentiram, e me deram a permissão. Estava aliviada, essa parte estava tranquila. Agora, eu tinha que ir no Aeroporto compra a passagem... Mas antes, resolvi passar na casa do Neymar e da Carol. Buzinei, e Neymar saiu, de chinelo, sem camisa e de samba canção. 
- Iai, neguinha... Tá melhor?- disse ele sorrindo.
- To sim, pretinho... Mas, tenho uma notícia.- Respondi descendo do carro e indo em direção a ele.
- Notícia?- Perguntou ele coçando a cabeça.
- Bom, eu vou morar em Marsella com meus pais...- Respondi, sorrindo.
- Sério? - Sorriu Neymar, aliviado.
- Sim... Vai me fazer bem... Respirar novos ares, né?- Eu retribui o sorriso, e continuei.
- Boa sorte lá no Barcelona, tá? Eu sei que é só empréstimo, mas que você possa se firmar lá, e fazer muito sucesso, você merece! 
- Poxa, obrigada, irmã! - Disse Neymar, me abraçando. - Vou sentir sua falta, doidinha...- disse ele ao meu ouvido. Eu também sentiria muita falta dele, pois eu amava muito Neymar, era como meu irmão.
- Ai Ney, não chora! Porque assim eu choro também, pô! Sabe que sou mantegona- O abracei denovo, e ambos choramos. Era engraçado ver ele chorar, mas despedidas sempre são doloridas.
- Ney... Cadê a Carol? -
- Lá dentro... Ela não tá muito boa, acho que tá de TPM- Falou sorrindo.
- Entendi, vou lá me despedir dela, e do filhote, né? - Ele sorriu e disse:
- Poxa, é a primeira vez que nos separamos, né irmã?
- Sim maninho... Mas a vida é essa, né? 
- Eita vida estranha - respondeu caindo na risada.
- E bota estranha nisso!- falei acompanhando ele na risada. - Entrei na sala, e Carol estava deitada no sofá.
- Oi Carol...- disse indo pra perto dela.
- Oi, Mi!- respondeu se sentando.
- Sim... Olha, tenho notícias...
- Boas ou ruins?
- Até que em fim, boas, né? Chega de desgraça! - Respondi gargalhando, ela e neymar também riram.
- Me conta logo, mulher!
- Eu vou morar em Marsella com meus pais.
- Sério? Poxa Mi, vai ser muito bom pra você!
- Vai sim... Vou sentir a falta de vocês, seus putos.- disse dando um soco no braço de Neymar.
- É, e nóis de você doidinha!- Respondeu Neymar beliscando minhas bochechas.
- Bom, é isso... Eu vou hoje pra lá... Vou no aeroporto comprar as passagens, e vou.
- Entendi... Bom, quando você quiser nos visitar na Espanha, só dar um toque, viu?- disse Carol sorrindo.
- Digo o mesmo! Quando quiserem ir em Marsella, me avisem. Vou esperar. Cadê o pequeno?- perguntei.
- Dormindo, ele tá doentinho... - respondeu carol.
- Ah, sim.. Dá um beijo nele, tá?- Neymar estava de cabeça baixa do meu lado.
- Ney, para de chorar!- Disse gargalhando.
- HAHAHA, é que não sei você, mas eu amo minha maninha e ela vai pra muito longe de mim. E talvez nunca mais nos vejamos.
- Vira essa boca pra lá... Vamos nos ver muito ainda...- Eu o abracei, e limpei as lágrimas que escorriam em seu rosto.
- Te amo, Milene. -
- Te amo, Neymar!
- Te amo, também, Carol... Vocês foram muito importantes na minha vida, obrigada por tudo, tá?- Nos abraçamos, e choramos. Eu não sei como eu conseguiria ficar longe deles, pois a vida toda fomos grudados, desde a época da escola, e eles me acolheram todas as vezes... 
- Obrigada mesmo. Obrigada por t...tudo- disse me levantando e limpando meu rosto, que estava completamente molhado de lágrimas.
- A gente que deve te agradecer... Nunca se esqueça da gente, tá?- Disse Carol.
- É, e pode chamando no BBM, e etc. - Disse Neymar.
- Ok, Ok. A gente mantém contato. Certo? Não vamos nos desunir.- Respondi sorrindo. - Neymar e Carol foram comigo até o portão, eu abracei eles novamente, respirei fundo, e fui embora. Fui até o aeroporto, eram 22:16. Consegui passagem pra 02:50. Fui no Chek-in, e fiquei esperando. Quando deu 00:10, começou uma movimentação no Aeroporto. Gelei. Era ele. Lucas. Vi de longe a multidão ao redor dele, não me aproximei, fiquei de pé, ao lado das cadeiras de espera. Os seguranças afastaram as pessoas, e Lucas continuou andando rápido. Até que foi chegando perto de mim, eu coloquei meu capuz, não queria que ele me visse. Tarde demais. Nossos olhares se cruzaram. Senti um arrepio. Vi confusão no olhar dele. Eu me virei. Me sentei, e fingi mecher no celular, mas eu tremia, e minha respiração estava descontrolada. Voltei a olhar, e novamente, nossos olhares se cruzaram. Ele se virou, e entrou no vôo. Senti que uma parte de mim, ia com ele.