domingo, 15 de janeiro de 2012

                                                                 Capítulo 19

 Minha mãe sorriu satisfeita, e disse:

- Vamos? Daniel já nos espera.

- Ai Deus... E lá vamos nós!- Pensei alto. Entramos no táxi, e Daniel, bem humorado, foi conversando o caminho todo. Meu pai deve ter pedido pra ele andar devagar, pois ele realmente estava. Achei bom, não aguentava mais vomitar.
Fomos até o centro de Marsella, e compramos algumas coisas. Eu estava adorando a cidade, era muito simpática. Deu a hora do almoço, eu e minha mãe resolvemos comer em um restaurante de comida brasileira. Fiz a festa! Comi muito arroz, feijão, farofa, bife... Minha mãe impressionada com o tamanhodo meu prato, disse caindo na risada:
- Coma tudo que puder, por $3,99... Você levou a sério hein!- Eu também ri, na hora que olhei o tamanho do meu prato.
- É, a saudade do país... Você sabe que quando estou feliz, eu como mesmo- Continuei rindo.
- Que bom filha, saber que você está feliz!- Estar com minha mãe, me tirava um pouco da dor.
- E, você tem notícias do Lucas?- Mas nem ela conseguia tirar toda. Eu apenas engoli seco a comida, e abaixei a cabeça. Aquilo me abalou muito. Eu estava quase esquecendo do Lucas,  quando ela me lembra. Minha mãe não disse mais nada. Comemos em silêncio. E a dor, me consumia por dentro. Perdi toda a fome. Comi nem  metade do meu prato.
- Vamos embora?- Perguntei me levantando da mesa.
- Sim.- Assentiu minha mãe, e me acompanhou. Pagamos, e fomos embora. Daniel me esperava, pois meu pai iria buscar minha mãe, eles iam resolver algumas coisas, e eu preferi ir pra casa.
- Oi Daniel.- Disse entrando no Táxi.
- Oi Milene... Aonde vamos?- Me perguntou sorrindo.
- Não sei... Me leve a algum lugar que valha a pena. - Ele sorriu, e se virou.
- Conheço um lugar, que você vai ficar pasmada. É lindo.
- Onde é? - Perguntei curiosa.
- Surpresa. - Respondeu.
- Ah, não vale!- Falei rindo.
- Vale sim... Se eu fosse você apertava os cintos. Onde vamos é meio longe, e se demorarmos, vamos chegar só de noite, e vai perder a graça do Local. - Eu senti uma curiosidade, e eu fiquei destraída. Ele correndo como sempre, mas ja tinha me acostumado. Demorou umas duas horas e meia, quando Daniel disse:
- Estamos chegando.- Eu olhei pra frente, só tinha estrada, achei estranho.
- Tem certeza?- Falei debochando.
- Absoluta. Feche os olhos.- Eu obedeci. Adorava surpresas. Ouvi o carro parar.
- Continue de olhos fechados, vou até aí.- Disse Daniel. Ouvi a porta traseira do meu lado direito se abrir. - Não vale roubar hein...- Falou ele, gargalhando. Senti sua mão me puxar levemente pra fora do carro. Então eu saí, ainda de olhos fechados.
- Pode abrir.- Disse Daniel. Eu obedeci. Abri meus olhos, e me surpreendi.
- Nossa!- Falei espantada.