sábado, 18 de fevereiro de 2012

                                                              Capítulo 28

- Mi, você tá bem?- Disse Daniel assustado.

- Tô...- Falei tentando controlar o que estava sentindo.

- Eu sei que fui preciptado, ou confundi as coisas, mas eu te amo!- Falou Daniel me puxando pra fora do carro, e encostando seu corpo ao meu. Por mais que eu quisesse, eu não conseguia sentir algum sentimento por Daniel, se não amizade.

- Daniel, você tá...- Eu sentia a respiração dele, perto demais da minha pele. Quando vi, ele estava me beijando. Delicadamente, seus lábios encostaram nos meus, porém, eu não cedi, e me afastei, o empurrando.

- Não dá. - Falei balançando a cabeça.

- Porquê? Dê uma chance para nós.- Falou implorando.

- Eu gosto muito de você Dan, mas...

- Mas, o quê? Você não me ama... Eu sei, mas você sente um carinho por mim, e até me acha bonito!- Falou soltando uma risada.

- Claro, mas é amizade... E outra...- Falei olhando para meu ventre, colocando a mão ao redor da minha barriga.

- Não pode ser...- Disse Daniel, entendo tudo.- Não pode ser!- Falou batendo no carro.

- É. Estou grávida!- Falei ríspida.

- Ah, Lucas, você me paga!- Falou revoltado.

- Calma, Daniel! Não fala assim!- Disse tentando acalmá-lo.

- Calma? Rá. Eu pensei que...- sua voz falhou.- Que poderiamos ser felizes juntos.-ele parou e olhou pra mim, que estava passando a mão em minha barriga.- Mas, errei. Mais uma vez.- terminou, ficando sério, e entrando no carro.

- Daniel, abre essa porta. Vamos conversar direito! - Falei batendo no vidro do carro. Porém, ele não me ouviu, ligou o carro, e saiu, cantando pneus, a toda velocidade.

- DANIEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEL!- Gritei, e aquele vale fez minha voz ecoar para longe. Entrei em meu carro, o liguei, e fui correndo atrás dele, tentativa em vão, a minha querer alcançá-lo, porém, eu tentaria. Corri por alguns segundos, quando vi uma parte da ponte congestionada, achei estranho, tinham várias pessoas saindo dos carros, deveria ter acontecido algo. Eu buzinei, e veio um homem, parou do meu lado, e disse:

"Calma Dona, aconteceu um acidente gravíssimo, parece que teve até morte".

- Ah, que ótimo!- Resmunguei. Eu desesperada atrás de Daniel, e me acontece isso... Senti uma sensação horrível, invadir meus pensamentos. "Foi o Daniel". Ouvi uma voz clara dizer aos meus ouvidos.

- Não pode ser!- Falei alto. Desci do carro, e saí correndo, até que encontrei um caminhão atravessado na pista, e uma parte do concreto da ponte, tinha caído. Parei, e senti minhas pernas cederem. Algo muito ruim tinha acontecido. Eu temia o pior.