sábado, 26 de maio de 2012

                            Capítulo 5

Elena começou a chorar, então a peguei no colo e  balançando ela, se acalmou. Fui até a janela, olhei pro céu e a lua estava cheia. Olhei pra pequena que estava em meu colo, e disse:
- Você não tem cara de Elena... Que tal "LUA"? ou "LUANA"? - Ela sorriu. 
- Gostou de Lua, filha? - Beijei sua pequena testa e a coloquei no berço de novo. Voltei para a janela, e meu coração se apertou. Eu estava com medo. Eu estava sozinha, perdida. 
- Ai, Lucas... Porque eu te amo tanto? Porque eu te deixei ir? - Respirei fundo, mas já era tarde. Lágrimas escorriam por meus olhos. 
- Eu preciso seguir em frente, mas é impossível! - Fechei a janela, e me deitei. Adormeci por algumas horas, até que acordei com a pequena chorando. 
- O que aconteceu, filha?- Misteriosamente, ela olhou para o porta retratos ao seu lado que tinha a foto minha com Lucas. Então senti um aperto no estômago. Mas, não dei muita importância. Fui tomar um banho, e dar um banho nela. Seria enfim o dia de registrá-la. Mas, eu iria registrá-la sem pai. Mesmo ela tendo um. "Lua Silvestre". 
Telefone tocou, era Neymar:
- Pequena, como estão?
- Bem, Ney! 
- Você vai sair?
- To indo no cartória registrar a bebê.
- Como ela vai chamar.
- Olha, eu pensei em: Elena, Lua, Luana...
- Lua! Em minha homenagem... NeyLua! - Falou rindo.
- Pode ser. Mas, porque queria saber se eu ia sair?
- Eu e a Carol queríamos ir ver vocês! Ela voltou de viagem e tá com saudades de você.
- Poxa... Olha, não sei se demora lá, mas se quiserem vir depois que eu voltar...
- Tudo bem, então vamos.
- Ok! 
- Mi...- Disse ele pigarreando e mudando o tom de voz.
- O que aconteceu Neymar Júnior?
- Esquece, depois te falo. Não é nada importante.
- Ai meu Deus, sempre me enrolando! 
- Relaxa, não é nada de importancia... 
- Espero! Bom, to indo então.
- E, você vai registrar só no seu nome?
- Sim, né.
- Mas e se... Ta bom, faça o que achar melhor!
- Sim.
- Quer que eu mande meu motorista te levar?
- Não precisa se preocupar, eu chamo um táxi.
- Não, claro que não! Em 10 minutos meu motorista tá passando aí!
- Ok, né! Obrigada, Ney. Te amo.
- Te amo também. Beijo, se cuida.- Desliguei o celular e terminei de me arrumar. Desci as escadas, e fiquei na sala esperando o motorista vir nos buscar. Não demorou muito e a buzina tocou. Saí, tranquei a casa, e sai de encontro ao carro. O motorista veio me ajudar a abrir a porta, mas ele estava agindo estranho.
- O que aconteceu, Josué?
- Nada, senhora Milene.
- Sei.- Falei intrigada.  
- Mas e como a Senhora está? E seu bebê?
- Estamos bem! Me virando. 
- Posso vê-la? 
- Claro! - Falei sorrindo e descobrindo o rosto de Lua.
- Meu Deus!- Falou espantado.
- O que foi?- Perguntei curiosa. Então ele disfarçando, sorriu e disse:
- Meu Deus, que menina linda! Parabéns.- O olhei de canto de olho e agradeci. 
Entrei no carro, porém Josué estava demorando pra entrar também. Eu ficava hipnotizada com minha pequena princesinha, e de como ela era parecida com Lucas. Estava observando ela, quando ouço a porta do motorista abrir. 
- Até que enfim, Josué! Que demor... - Levantei minha cabeça, e me assustei com quem estava no lugar de Josué.

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