Capítulo 7
Nayara? - Lucas disse. Senti uma pontada em minha coluna, e toda vez que isso acontecia, algo de ruim iria acontecer. Era como um "feeling". Senti uma fúria inundar meu coração, porém, eu não poderia transparecer isso pra ela, pra ela não pensar que eu era "A INSEGURA" de sempre. Eu tinha que mostrar controle sobre mim, e mostrar que confiava em Lucas, por mais que fosse difícil. Respirei fundo, me levantei, olhei nos olhos sínicos dela, e disse:
- O que te traz aqui?
- Meu "EX CUNHADO" se machucou, e vim vê-lo. - Respondeu ela, dando ênfase em EX CUNHADO. Aquilo me subiu a cabeça, tive vontade de voar no pescoço dela. Lucas percebeu, e levantou-se do sofá, colocou o braço ao redor da minha cintura, e disse à Nayara:
- Você não é bem-vinda aqui, Nayara. Sabe muito bem disso. - Ela olhou Lucas me abraçando por trás e virou os olhos. Mas a ousadia dela não parou por aí. Ela se aproximou de Lucas e disse no ouvido dele, colocando uma das mãos em seu pescoço e outra em seu queixo, e disse:
- Não entendo até hoje, meu amor... Porque você me trocou por ela. O que ela tem que eu não tenho? Beleza? Vamos combinar que sou mil vezes mais linda que ela... Certo? - Lucas tirou as mãos dela de seu rosto e pescoço, a afastou de perto, olhou nos olhos dela e disse:
- Você é muito ousada, viu? - Nayara olhou maliciosamente pra nós, e riu sinicamente. Lucas continuou firme em seu discurso:
- O que ela tem que você não tem? Bom, pra começar: Meu coração. Ela tem ele por inteiro. Coisa que você NUNCA teve.
- Nunca tive? Sei... Não era isso que você dizia quando estava fazendo amor comigo. Fazia juras de amor, dizia que iriamos nos casar... - Respondeu ela. Aquilo era demais pra mim. Por mais que eu amasse o Lucas com todas as minhas forças, era difícil escutar aquilo dela.
- É verdade isso, Lucas? - Perguntei olhando nos olhos dele. Tirei seus braços que me envolviam pela cintura. Aquilo estava me matando por dentro. Ele me olhou, com um olhar perdido, que eu conhecia bem. Quando era verdade algo e ele estava com vergonha de assumir, ele fazia essa cara. Ele não precisou dizer nada. Eu entendi tudo.
- Ok, Nayara. Você quer o Lucas? Então tá. Pode ficar com ele. - Disse, com lágrimas minando em meus olhos. Eu sentia meu coração se congelando, como se a flor do meu amor, tivesse acabo de murchar. Será que eu o amava tanto assim? Será que valeria a pena, eu viver em confusão a minha vida?
Olhei para Lucas, com um olhar decepcionado, e disse:
- Adeus, Lucas. - Tirei minha aliança e coloquei em sua mão. Ele estava imóvel, como se estivesse em choque, não acreditando no que eu estava fazendo. Ele segurou meu braço e disse:
- Não se vá.
- Lucas, como você mesmo disse: Eu vou atrapalhar sua carreira. Você é jovem ainda, seja feliz.
- Milene... - Disse Lucas me olhando com os olhos cheios de lágrimas, e aquilo cortava meu coração. Mas eu não podia ceder.
- Sim? - Respondi, firme.
- Eu te amo. - Respondeu, Lucas. Nesse momento, vi uma lágrima escorrer de seus olhos. Eu estava quase cedendo, e voltando para seus braços, mas eu não podia. Eu tinha que continuar. Eu tinha que deixar ele ser feliz. Sem minha sombra o atrapalhando.
- Adeus, Lucas. - Respondi, soltando a mão dele de meu braço. Vi o olhar de vitoriosa de Nayara. Era tudo que ela queria. Eu já não tinha mais forças pra lutar por ele, por mais que eu o amasse mais que a minha própria vida.
Me virei e segui para fora do hospital. Aquele corredor era maior do que eu pensava, eu queria sair correndo de lá, eu queria chorar desesperadamente, mas sem que Lucas e Nayara vissem, eu estava acabando de deixar escapar, a minha metade. Mas, eu o amava tanto, que eu preferia vê-lo feliz longe de mim, do que infeliz ao meu lado. Consegui sair do hospital, fui até o ponto de táxi. Peguei o primeiro táxi que passou, e segui até em casa.
Me virei e segui para fora do hospital. Aquele corredor era maior do que eu pensava, eu queria sair correndo de lá, eu queria chorar desesperadamente, mas sem que Lucas e Nayara vissem, eu estava acabando de deixar escapar, a minha metade. Mas, eu o amava tanto, que eu preferia vê-lo feliz longe de mim, do que infeliz ao meu lado. Consegui sair do hospital, fui até o ponto de táxi. Peguei o primeiro táxi que passou, e segui até em casa.
Deixei um bilhete em cima da nossa cama, escrito:
Lucas,
Desculpa ter agido daquela forma, mas é pro seu bem. Pense na sua carreira. Aceite a proposta daqueles times europeus, vá ser feliz, longe de mim. Prometo que vai ser como se eu nunca tivesse existido.
Milene.
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